Cristo, pois, acabou com o muro de separação entre judeus e gentios, fazendo de dois povos, um só povo, de dois redis, um só redil. Entretanto, só pertence a esse redil, ao Reino de Deus, isto é, à Igreja de Cristo, aqueles que aceitam a sua doutrina integralmente. Isto é o que significa que "haverá um só rebanho e um só pastor". (Jo., X, 16). Haverá uma só Igreja, a Igreja Católica Apostólica Romana, e um só Pastor, o Papa, Vigário de Nosso Senhor Jesus Cristo na terra.
E fora dessa Igreja, e sem obediência a esse Pastor, o Papa, nas condições expostas mais acima, não é possível a salvação, pois ensinou o IV Concílio de Latrão:
"E uma é a Igreja universal dos fiéis, fora da qual ninguém absolutamente se salva" (IV Concílio de Latrão, Denzinger, 430).
E ainda: "De coração cremos e com a boca confessamos uma única Igreja, não de hereges, mas a Santa, Romana, Católica e Apostólica, fora da qual cremos que ninguém se salva" (IV Concílio de Latrão, Denzinger, 423).
São Paulo, 5 de maio de 2.003
Orlando Fedeli
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
6. risto anuncia que haverá um único aprisco para judeus e gentios
Anunciou Nosso Senhor aos judeus:
"Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; importa que eu as traga. Elas ouvirão a minha voz".
Cristo Deus, afirma que tem outras ovelhas além daquelas que formavam o redil de Israel, pois Ele não veio remir apenas aos judeus, mas a todos os filhos de Adão. Por isso, já profetizara o Profeta Isaías, mais de 600 anos antes de Cristo:
"O boi conhece o seu dono, e o jumento conhece o presépio de sue Senhor" (Is. I, 3).
Ora, o boi representava o povo judeu, que trabalhava sob a canga da lei, na vinha de seu Senhor, enquanto o jumento significava o povo dos gentios, que não tinha sabedoria, mas que esteve presente no presépio de Belém.
Com efeito, na gruta de Belém, havia um boi -- o judeu-- e um jumento-- o gentio, pois Cristo veio redimir a ambos. Porque Deus criou ambos os povos; o judeu e o gentio, aqueles que hoje, por desprezo, eles chamam de Goyim.
Por isso também, Cristo, quando entrou triunfalmente em Jerusalém, quis entrar montado em um jumentinho que jamais fora montado, para significar os gentios que jamais haviam obedecido plenamente ao jugo da lei de Deus. E os judeus não gostaram disso, como não haviam gostado quando Cristo lhes disse que o Reino lhes seria tirado e dado a outros: "Por isso, vos digo, que vos será tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produza os frutos dele" (Mt. XXI,43).
E, pouco antes, Cristo havia contado aos fariseus, a parábola do filho pródigo, na qual afirma que Deus teve dois filhos, o judeu e o gentio, e o menor, -- o gentio-- desperdiçou a herança, e foi servir o diabo, um mau patrão, enquanto o primogênito -- o judeu-- ficou servindo a seu pai. Mas, o primogênito não gostou, quando o pai recebeu o filho pródigo arrependido, isto é, o gentios que aceitaram a doutrina de Cristo e produziram muito fruto: "Elas ouvirão a minha voz".
"Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; importa que eu as traga. Elas ouvirão a minha voz".
Cristo Deus, afirma que tem outras ovelhas além daquelas que formavam o redil de Israel, pois Ele não veio remir apenas aos judeus, mas a todos os filhos de Adão. Por isso, já profetizara o Profeta Isaías, mais de 600 anos antes de Cristo:
"O boi conhece o seu dono, e o jumento conhece o presépio de sue Senhor" (Is. I, 3).
Ora, o boi representava o povo judeu, que trabalhava sob a canga da lei, na vinha de seu Senhor, enquanto o jumento significava o povo dos gentios, que não tinha sabedoria, mas que esteve presente no presépio de Belém.
Com efeito, na gruta de Belém, havia um boi -- o judeu-- e um jumento-- o gentio, pois Cristo veio redimir a ambos. Porque Deus criou ambos os povos; o judeu e o gentio, aqueles que hoje, por desprezo, eles chamam de Goyim.
Por isso também, Cristo, quando entrou triunfalmente em Jerusalém, quis entrar montado em um jumentinho que jamais fora montado, para significar os gentios que jamais haviam obedecido plenamente ao jugo da lei de Deus. E os judeus não gostaram disso, como não haviam gostado quando Cristo lhes disse que o Reino lhes seria tirado e dado a outros: "Por isso, vos digo, que vos será tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produza os frutos dele" (Mt. XXI,43).
E, pouco antes, Cristo havia contado aos fariseus, a parábola do filho pródigo, na qual afirma que Deus teve dois filhos, o judeu e o gentio, e o menor, -- o gentio-- desperdiçou a herança, e foi servir o diabo, um mau patrão, enquanto o primogênito -- o judeu-- ficou servindo a seu pai. Mas, o primogênito não gostou, quando o pai recebeu o filho pródigo arrependido, isto é, o gentios que aceitaram a doutrina de Cristo e produziram muito fruto: "Elas ouvirão a minha voz".
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
4. Como Cristo conhece as suas ovelhas.
Cristo é Senhor de suas ovelhas, em primeiro lugar como Criador, e, em segundo lugar, por tê-las redimido com o seu Sangue preciosíssimo.
Ele as conhece-as por ser o Verbo de Deus, "pelo qual foram feitas todas as coisas" (Jo., I, 3), e a quem nada há de oculto. Ele as conhece pela sua Providência sapientíssima, que não se descuida de um só cabelo de nossas cabeças, como não se descuida sequer de sustentar um pássaro do céu. Assim como um pastor zeloso está atento às suas ovelhas, e cuida delas com diligência, assim a Sabedoria infinita de Deus nos tem constantemente sob seu olhar, vigiando incessantemente pelo nosso bem, conhecendo-nos por nosso nome, e vigiando sobre nossos perigos e necessidades.
"Como te tratarei Eu, ó Efraim? Tomar-te-ei debaixo de minha proteção, ó Israel ?Como hei de te abandonar como a Adama, ou exterminar-te-ei como a Seboim ? O meu coração está comovido dentro de mim mesmo, sinto-me como que arrependido"( Os. XI, 8)
E como se revela doce esse amor de Deus por nós, quando Ele mesmo demonstra que Lhe é impossível esquecer-se de cada um de nós, como que nos chamando pelo nome, ao dizer-nos:
Como me esquecerei de ti ó Efraim? Como me esquecerei de ti, ó Judá? .Eu sou o teu Deus que te tomo pela mão.
Ele as conhece-as por ser o Verbo de Deus, "pelo qual foram feitas todas as coisas" (Jo., I, 3), e a quem nada há de oculto. Ele as conhece pela sua Providência sapientíssima, que não se descuida de um só cabelo de nossas cabeças, como não se descuida sequer de sustentar um pássaro do céu. Assim como um pastor zeloso está atento às suas ovelhas, e cuida delas com diligência, assim a Sabedoria infinita de Deus nos tem constantemente sob seu olhar, vigiando incessantemente pelo nosso bem, conhecendo-nos por nosso nome, e vigiando sobre nossos perigos e necessidades.
"Como te tratarei Eu, ó Efraim? Tomar-te-ei debaixo de minha proteção, ó Israel ?Como hei de te abandonar como a Adama, ou exterminar-te-ei como a Seboim ? O meu coração está comovido dentro de mim mesmo, sinto-me como que arrependido"( Os. XI, 8)
E como se revela doce esse amor de Deus por nós, quando Ele mesmo demonstra que Lhe é impossível esquecer-se de cada um de nós, como que nos chamando pelo nome, ao dizer-nos:
Como me esquecerei de ti ó Efraim? Como me esquecerei de ti, ó Judá? .Eu sou o teu Deus que te tomo pela mão.
5. Como as ovelhas de Cristo conhecem a sua voz
Evidentemente, nenhuma ovelha de Cristo, que não foi sua contemporânea, conhece materialmente a sua voz. Ninguém, posterior a Cristo ouviu jamais a sua voz.
Então, como diz Nosso Senhor que suas ovelhas "conhecem a sua voz "?
Por voz de Jesus Cristo, deve se entender a sua palavra, isto é, a sua doutrina. Todos os fiéis, no Batismo, além do perdão do pecado original e dos pecados atuais, se os houver, recebem ainda os dons do Espírito Santo e as virtudes teologais infusas. Por esses dons e virtudes, a alma cristã, filha adotiva de Deus, percebe sempre, ainda que seja ignorante e sem estudo, quando uma doutrina ou um ensinamento é contrário à Fé católica. Percebe que ela não é a voz de Cristo.
Conta-se que São Clemente Hoffbauer, quando ainda era um simples padeirinho, ouvindo um ilustre professor ensinar uma doutrina estranha, levantou-se e acusou o mestre de se ensinar coisa que não era católica.. Mais tarde, ficou provado que o padeirinho ignorante tinha razão contra o professor ilustre: este, secretamente, era jansenista. E Santa Joana d'Arc que "não sabia nem a nem b" - isto é, era analfabeta -- não se deixou enganar pelos teólogos e pelo mau Bispo que a interrogava capciosamente, no tribunal. E Santa Catarina de Siena, analfabeta também, ensinava doutores.
Por isso, disse Nosso Senhor: 'Graças vos dou, meu Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultastes estas coisas aos sábios e prudentes, e as revelastes aos pequeninos" (Mt. XI, 25).
Portanto, toda ovelha de Cristo conhece a voz de Cristo, e se guarda dos maus pastores que ensinam uma doutrina diferente daquela que está no Evangelho, ou que contraria o que o Papa sempre ensinou. Só se deixa enganar por uma falsa doutrina aquele que, pelos seus pecados, perdeu a sabedoria e já não distingue a voz de Cristo da voz do mercenário.
Então, como diz Nosso Senhor que suas ovelhas "conhecem a sua voz "?
Por voz de Jesus Cristo, deve se entender a sua palavra, isto é, a sua doutrina. Todos os fiéis, no Batismo, além do perdão do pecado original e dos pecados atuais, se os houver, recebem ainda os dons do Espírito Santo e as virtudes teologais infusas. Por esses dons e virtudes, a alma cristã, filha adotiva de Deus, percebe sempre, ainda que seja ignorante e sem estudo, quando uma doutrina ou um ensinamento é contrário à Fé católica. Percebe que ela não é a voz de Cristo.
Conta-se que São Clemente Hoffbauer, quando ainda era um simples padeirinho, ouvindo um ilustre professor ensinar uma doutrina estranha, levantou-se e acusou o mestre de se ensinar coisa que não era católica.. Mais tarde, ficou provado que o padeirinho ignorante tinha razão contra o professor ilustre: este, secretamente, era jansenista. E Santa Joana d'Arc que "não sabia nem a nem b" - isto é, era analfabeta -- não se deixou enganar pelos teólogos e pelo mau Bispo que a interrogava capciosamente, no tribunal. E Santa Catarina de Siena, analfabeta também, ensinava doutores.
Por isso, disse Nosso Senhor: 'Graças vos dou, meu Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultastes estas coisas aos sábios e prudentes, e as revelastes aos pequeninos" (Mt. XI, 25).
Portanto, toda ovelha de Cristo conhece a voz de Cristo, e se guarda dos maus pastores que ensinam uma doutrina diferente daquela que está no Evangelho, ou que contraria o que o Papa sempre ensinou. Só se deixa enganar por uma falsa doutrina aquele que, pelos seus pecados, perdeu a sabedoria e já não distingue a voz de Cristo da voz do mercenário.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
3. Como distinguir o bom pastor do mau pastor e do falso pastor
Santo Agostinho, comentando essa passagem do Evangelho de São João, pergunta porque Jesus se diz "o bom pastor", e responde ele mesmo a sua pergunta, dizendo:
"Não teria acrescentado à palavra pastor a qualidade bom, se não houvesse pastores maus" (Cfr. São Tomás, Catena Áurea, comentários ao Evangelho de São João, x, 11-13).
Mais ainda. Se Cristo deixa implícito de que há maus pastores, afirma explicitamente que há pastores assalariados, isto é, falsos pastores, pessoas que se apresentam como pastores e não o são.
Autêntico pastor é o Apóstolo escolhido por Cristo, e seus legítimos sucessores apostólicos, os Bispos da Igreja Católica, que tem a colaboração de seus vigários, canonicamente designados.
Entretanto, mesmo entre os legítimos pastores, há que distinguir, os bons, que imitam a Cristo, dos maus que exercem o seu mandato, não por amor a Deus, mas por interesses pessoais, mesquinhos.
Bons pastores são aqueles que, como Cristo, dão a vida pelas ovelhas que Deus lhes colocou sob sua guarda, repetindo-lhes, como um eco a voz de Cristo, isto é, a sua palavra, a sua doutrina , e o seu exemplo.
Bons pastores são aqueles que se deixam guiar docilmente pelo supremo pastor, o Santo Padre, o Papa, ensinando o que o Papa ensina, e obedecendo a tudo o que ele ordena.
Mau pastor, é o Bispo que, em vez de ensinar o que o Papa ensina, em seu ofício de Pastor supremo da Igreja, ou segue teologias espúrias, ou corre atrás do prestígio mundano, aderindo a filosofias em moda.
Mau pastor é aquele que busca apenas usufruir as comodidades, riquezas e prestígio de seu cargo, pouco se importando com a defesa das ovelhas, agindo como mercenário, e não como pai.
Distintos do bom pastor e dos pastores mercenários, Cristo aponta ainda alguns que se dirão pastores sem o ser:
"o mercenário e o que não é pastor, de quem não são próprias as ovelhas".
Parece, então, que Cristo profetiza que, no futuro, haveria alguns, que sem serem sucessores de seus Apóstolos, se arrogariam o título de pastores sem o serem.
E hoje, no Brasil, além de falsos pastores, há até quem se arrogue o título de Bispo sem jamais ter sido sagrado, sequer ilegitimamente.
Comenta São Gregório Magno que os bons e os maus pastores não se distinguem, quase, nos tempos de tranqüilidade, mas somente quando vem o lobo. Porque o bom pastor enfrenta o lobo, enquanto o mau o deixa agir livremente, ou foge dele.
Característica dos maus pastores e dos falsos pastores é que eles, não sendo realmente responsáveis ou senhores das ovelhas, que não são deles, pouco se importam de que venha o lobo e as devore. Em vez de imitar a Cristo, dando a vida por suas ovelhas, eles, buscam salvar-se egoisticamente, pouco se importando com a ação do lobo.
O mau pastor "vê vir o lobo, deixa as ovelhas, foge, e o lobo arrebata e faz desgarrar as ovelhas, porque é mercenário, e porque não se importa com as ovelhas".
Segundo São João Crisóstomo, Cristo distingue, pois, duas classes de maus pastores:
"um que rouba, mata e saqueia, e outro que não impede o mal, dando a conhecer no primeiro os sediciosos, e confundindo com o outro [tipo] os mestres dos judeus, que não tinham zelo algum pelas ovelhas que lhes estavam confiadas" (Cfr São Tomás, Catena Áurea, Comentário ao Evangelho de São João, cap. X, 14-21).
Evidentemente, por lobo, Cristo designa o demônio que, busca nos devorar pela heresia e pelo pecado. E o mal maior é o da heresia do que o pecado contra a caridade, porque. quem cai em heresia, não se manterá estavelmente na prática completa da lei de Deus, pois que toda heresia é sempre um pecado de orgulho do qual nascerão muitos outros.
E, no Brasil de hoje, quantas ovelhas se desgarraram nas últimas ecumênicas décadas, enquanto muitos maus pastores dialogam com os falsos pastores, que, de certa forma, fazem as vezes do lobo, confundindo os uivos deles com a voz do Bom Pastor por excelência, Cristo !
Por isso Cristo anuncia:
"Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem. Como o Pai me conhece, assim eu conheço o Pai"
"Não teria acrescentado à palavra pastor a qualidade bom, se não houvesse pastores maus" (Cfr. São Tomás, Catena Áurea, comentários ao Evangelho de São João, x, 11-13).
Mais ainda. Se Cristo deixa implícito de que há maus pastores, afirma explicitamente que há pastores assalariados, isto é, falsos pastores, pessoas que se apresentam como pastores e não o são.
Autêntico pastor é o Apóstolo escolhido por Cristo, e seus legítimos sucessores apostólicos, os Bispos da Igreja Católica, que tem a colaboração de seus vigários, canonicamente designados.
Entretanto, mesmo entre os legítimos pastores, há que distinguir, os bons, que imitam a Cristo, dos maus que exercem o seu mandato, não por amor a Deus, mas por interesses pessoais, mesquinhos.
Bons pastores são aqueles que, como Cristo, dão a vida pelas ovelhas que Deus lhes colocou sob sua guarda, repetindo-lhes, como um eco a voz de Cristo, isto é, a sua palavra, a sua doutrina , e o seu exemplo.
Bons pastores são aqueles que se deixam guiar docilmente pelo supremo pastor, o Santo Padre, o Papa, ensinando o que o Papa ensina, e obedecendo a tudo o que ele ordena.
Mau pastor, é o Bispo que, em vez de ensinar o que o Papa ensina, em seu ofício de Pastor supremo da Igreja, ou segue teologias espúrias, ou corre atrás do prestígio mundano, aderindo a filosofias em moda.
Mau pastor é aquele que busca apenas usufruir as comodidades, riquezas e prestígio de seu cargo, pouco se importando com a defesa das ovelhas, agindo como mercenário, e não como pai.
Distintos do bom pastor e dos pastores mercenários, Cristo aponta ainda alguns que se dirão pastores sem o ser:
"o mercenário e o que não é pastor, de quem não são próprias as ovelhas".
Parece, então, que Cristo profetiza que, no futuro, haveria alguns, que sem serem sucessores de seus Apóstolos, se arrogariam o título de pastores sem o serem.
E hoje, no Brasil, além de falsos pastores, há até quem se arrogue o título de Bispo sem jamais ter sido sagrado, sequer ilegitimamente.
Comenta São Gregório Magno que os bons e os maus pastores não se distinguem, quase, nos tempos de tranqüilidade, mas somente quando vem o lobo. Porque o bom pastor enfrenta o lobo, enquanto o mau o deixa agir livremente, ou foge dele.
Característica dos maus pastores e dos falsos pastores é que eles, não sendo realmente responsáveis ou senhores das ovelhas, que não são deles, pouco se importam de que venha o lobo e as devore. Em vez de imitar a Cristo, dando a vida por suas ovelhas, eles, buscam salvar-se egoisticamente, pouco se importando com a ação do lobo.
O mau pastor "vê vir o lobo, deixa as ovelhas, foge, e o lobo arrebata e faz desgarrar as ovelhas, porque é mercenário, e porque não se importa com as ovelhas".
Segundo São João Crisóstomo, Cristo distingue, pois, duas classes de maus pastores:
"um que rouba, mata e saqueia, e outro que não impede o mal, dando a conhecer no primeiro os sediciosos, e confundindo com o outro [tipo] os mestres dos judeus, que não tinham zelo algum pelas ovelhas que lhes estavam confiadas" (Cfr São Tomás, Catena Áurea, Comentário ao Evangelho de São João, cap. X, 14-21).
Evidentemente, por lobo, Cristo designa o demônio que, busca nos devorar pela heresia e pelo pecado. E o mal maior é o da heresia do que o pecado contra a caridade, porque. quem cai em heresia, não se manterá estavelmente na prática completa da lei de Deus, pois que toda heresia é sempre um pecado de orgulho do qual nascerão muitos outros.
E, no Brasil de hoje, quantas ovelhas se desgarraram nas últimas ecumênicas décadas, enquanto muitos maus pastores dialogam com os falsos pastores, que, de certa forma, fazem as vezes do lobo, confundindo os uivos deles com a voz do Bom Pastor por excelência, Cristo !
Por isso Cristo anuncia:
"Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem. Como o Pai me conhece, assim eu conheço o Pai"
domingo, 17 de janeiro de 2010
O BOM PASTOR
"Eu sou bom pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas suas ovelhas. Porém o mercenário e o que não é pastor, de quem não são próprias as ovelhas, vê vir o lobo, deixa as ovelhas, foge, e o lobo arrebata e faz desgarrar as ovelhas, porque é mercenário, e porque não se importa com as ovelhas.
Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem. Como o Pai me conhece, assim eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas minhas ovelhas.
Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; importa que eu as traga. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor..
Por isso meu Pai me ama, porque dou a minha vida para outra vez a assumir. Ninguém ma tira, mas eu por mim mesmo a dou e tenho o poder de a dar e de a reassumir. Este é o mandamento que recebi de meu Pai" (Jo., X, 11-18).
Estas palavras sublimes de Cristo em seu Evangelho nos ensinam muitas coisas a respeito:
1. De Cristo como pastor e redentor;
2. De seu relacionamento sapiencial e amoroso com Deus Pai;
3. De como distinguir o bom pastor do mau pastor e do falso pastor;
4. Como Cristo conhece as suas ovelhas;
5. Como as ovelhas de Cristo conhecem a sua voz;
6. Cristo anuncia que haverá um único aprisco para judeus e gentios;
7. Qual é o único redil do único Bom Pastor.
1. Cristo, o Bom Pastor e nosso Redentor
Cristo se apresenta como nosso pastor.
Normalmente, os pastores cuidam das ovelhas para sua própria vantagem e utilidade, aproveitando a sua lã, o seu leite e a sua carne.
Cristo não é pastor que usa as suas ovelhas, para sua vantagem. Pelo contrário, Ele afirma que é o Bom Pastor, porque Ele é quem dá a vida por suas ovelhas.
Quando jamais se viu coisa igual: que o Pastor morra por suas ovelhas? Que o Pastor morra para lhes dar vida? Que morra para que elas tenham vida? Que morra, para dar-lhes a sua própria carne em alimento? Que morra, para que "tenham vida e vida em abundância"(Jo., X,10)?
Realmente, Cristo Deus é nosso pastor, e é o Bom Pastor por antonomásia, por ser nosso Redentor, tendo morrido em nosso lugar, na cruz, para pagar os nossos pecados.
"Agnus redemit oves,
Christus innocens Patri
reconciliavit peccatores", diz a Sequência de Páscoa.
[ O Cordeiro redimiu as ovelhas, Cristo inocente, reconciliou os pecadores com o Pai]
Normalmente, os pastores cuidam das ovelhas para sua própria vantagem e utilidade, aproveitando a sua lã, o seu leite e a sua carne.
Cristo não é pastor que usa as suas ovelhas, para sua vantagem. Pelo contrário, Ele afirma que é o Bom Pastor, porque Ele é quem dá a vida por suas ovelhas.
Quando jamais se viu coisa igual: que o Pastor morra por suas ovelhas? Que o Pastor morra para lhes dar vida? Que morra para que elas tenham vida? Que morra, para dar-lhes a sua própria carne em alimento? Que morra, para que "tenham vida e vida em abundância"(Jo., X,10)?
Realmente, Cristo Deus é nosso pastor, e é o Bom Pastor por antonomásia, por ser nosso Redentor, tendo morrido em nosso lugar, na cruz, para pagar os nossos pecados.
"Agnus redemit oves,
Christus innocens Patri
reconciliavit peccatores", diz a Sequência de Páscoa.
[ O Cordeiro redimiu as ovelhas, Cristo inocente, reconciliou os pecadores com o Pai]
2. Seu relacionamento sapiencial e amoroso com Deus Pai
Por que Cristo foi o nosso Redentor?
A dívida contraída com o pecado de Adão era infinita, e só um Deus, tendo mérito infinito, poderia pagar essa dívida. Nenhuma criatura, e nem todas as criaturas juntas, sendo finitas, poderiam pagar a dívida infinita contraída pelo pecado de Adão.
Para salvar o homem, então, só havia um meio: que Deus se tornasse homem e assumisse as culpas dos homens, sacrificando-se por eles, para satisfazer a justiça infinita de Deus.
E esse sacrifício propiciatório, que Cristo realizou no Calvário, é repetido em cada Missa, quando o sacerdote, pela transubstanciação do pão e do vinho no corpo e sangue de Cristo, oferece, de novo, o próprio Cristo a Deus Pai, --e não ao povo -- em pagamento de nossos pecados. Daí o valor infinito da Missa. Daí o respeito infindo que se deve ter na Missa, como renovação do sacrifício da cruz, como salientou o Papa João Paulo II, várias vezes, em sua última encíclica Ecclesia de Eucharistia.
E por que foi a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade -- o Filho -- que se encarnou no seio de Maria sempre Virgem, e não outra Pessoa Divina ?
O Filho é A Imagem de Deus Pai, a Idéia que Deus tem de Si mesmo, a Sabedoria de Deus, o Verbo de Deus (Cfr no site Montfort, nosso artigo As Processões em Deus).
Ora, foi no Verbo que Deus criou todas as coisas: "Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada foi feito"(Jo. , I, 3).
Explica São Tomás, que assim como um artista, primeiramente tem, em sua mente, a idéia do que vai fazer, assim Deus teve em sua mente, no Verbo, Inteligência de Deus, as idéias de tudo o que ia criar.
Assim, antes de criar Adão, Deus tinha idéia do homem em sua Inteligência, no Filho.
Ora, quando se vai restaurar ou reconstruir um edifício arruinado, procura-se fazer isso seguindo a planta original. Adão arruinara a obra de Deus. Pelo seu pecado, o homem ficara em ruínas. Para restaurar o Homem, era conveniente seguir a sua "planta" original, a idéia de homem que havia no Verbo, criador de todas as coisas. Por isso, foi o Verbo de Deus que se encarnou E daí Pilatos dizer uma profunda verdade teológica quando apresentou Cristo coroado de espinhos ao povo judeu, dizendo solenemente: "Ecce Homo! " Eis O Homem. (Jo., XIX, 5).
Realmente, Cristo era O Homem, o Novo Adão, perfeito
E por que Deus sacrificou o seu próprio Filho para salvar suas criaturas, as suas ovelhas ?
O próprio Cristo nos responde a essa pergunta, ao nos dizer, no Evangelho:
"Por isso meu Pai me ama, porque dou a minha vida para outra vez a assumir. Ninguém ma tira, mas eu por mim mesmo a dou e tenho o poder de a dar, e de a reassumir. Este é o mandamento que recebi de meu Pai" (Jo., X. 18)
O mandamento que Cristo recebeu do Pai é o do amor. O Pai ama o Filho, e o Filho ama o Pai, e esse mútuo Amor é o Espírito Santo que procede do Pai e do Filho (Ex Patre Filioque procedit). Esse Amor Infinito é que leva o Filho de Deus encarnado, Cristo, a dar a sua vida por suas ovelhas.
Amar, hoje, é uma palavra gasta, e até certo ponto prostituída pelo abuso que se faz dela. Amar não é gostar. Gostar é egoísta. Amar é querer bem ao outro. Amar é sempre altruísta. Ama-se de verdade, quando se quer o bem do outro, até com prejuízo de si mesmos. E o máximo amor consiste em querer para o outro o Bem absoluto, Deus. Cristo nos amou, porque quis nos dar Deus, e dando-nos Deus, dar-nos a Vida, pois Deus é a Vida.
Note-se, ainda, como Cristo afirma ser a sua morte inteiramente voluntária: ninguém poderia tirar-lhe a vida. Ele a dá, porque quer dá-la. E anuncia a sua ressurreição, ao dizer que reassumirá a vida, quando Ele quiser, mostrando a sua onipotência.
A dívida contraída com o pecado de Adão era infinita, e só um Deus, tendo mérito infinito, poderia pagar essa dívida. Nenhuma criatura, e nem todas as criaturas juntas, sendo finitas, poderiam pagar a dívida infinita contraída pelo pecado de Adão.
Para salvar o homem, então, só havia um meio: que Deus se tornasse homem e assumisse as culpas dos homens, sacrificando-se por eles, para satisfazer a justiça infinita de Deus.
E esse sacrifício propiciatório, que Cristo realizou no Calvário, é repetido em cada Missa, quando o sacerdote, pela transubstanciação do pão e do vinho no corpo e sangue de Cristo, oferece, de novo, o próprio Cristo a Deus Pai, --e não ao povo -- em pagamento de nossos pecados. Daí o valor infinito da Missa. Daí o respeito infindo que se deve ter na Missa, como renovação do sacrifício da cruz, como salientou o Papa João Paulo II, várias vezes, em sua última encíclica Ecclesia de Eucharistia.
E por que foi a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade -- o Filho -- que se encarnou no seio de Maria sempre Virgem, e não outra Pessoa Divina ?
O Filho é A Imagem de Deus Pai, a Idéia que Deus tem de Si mesmo, a Sabedoria de Deus, o Verbo de Deus (Cfr no site Montfort, nosso artigo As Processões em Deus).
Ora, foi no Verbo que Deus criou todas as coisas: "Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada foi feito"(Jo. , I, 3).
Explica São Tomás, que assim como um artista, primeiramente tem, em sua mente, a idéia do que vai fazer, assim Deus teve em sua mente, no Verbo, Inteligência de Deus, as idéias de tudo o que ia criar.
Assim, antes de criar Adão, Deus tinha idéia do homem em sua Inteligência, no Filho.
Ora, quando se vai restaurar ou reconstruir um edifício arruinado, procura-se fazer isso seguindo a planta original. Adão arruinara a obra de Deus. Pelo seu pecado, o homem ficara em ruínas. Para restaurar o Homem, era conveniente seguir a sua "planta" original, a idéia de homem que havia no Verbo, criador de todas as coisas. Por isso, foi o Verbo de Deus que se encarnou E daí Pilatos dizer uma profunda verdade teológica quando apresentou Cristo coroado de espinhos ao povo judeu, dizendo solenemente: "Ecce Homo! " Eis O Homem. (Jo., XIX, 5).
Realmente, Cristo era O Homem, o Novo Adão, perfeito
E por que Deus sacrificou o seu próprio Filho para salvar suas criaturas, as suas ovelhas ?
O próprio Cristo nos responde a essa pergunta, ao nos dizer, no Evangelho:
"Por isso meu Pai me ama, porque dou a minha vida para outra vez a assumir. Ninguém ma tira, mas eu por mim mesmo a dou e tenho o poder de a dar, e de a reassumir. Este é o mandamento que recebi de meu Pai" (Jo., X. 18)
O mandamento que Cristo recebeu do Pai é o do amor. O Pai ama o Filho, e o Filho ama o Pai, e esse mútuo Amor é o Espírito Santo que procede do Pai e do Filho (Ex Patre Filioque procedit). Esse Amor Infinito é que leva o Filho de Deus encarnado, Cristo, a dar a sua vida por suas ovelhas.
Amar, hoje, é uma palavra gasta, e até certo ponto prostituída pelo abuso que se faz dela. Amar não é gostar. Gostar é egoísta. Amar é querer bem ao outro. Amar é sempre altruísta. Ama-se de verdade, quando se quer o bem do outro, até com prejuízo de si mesmos. E o máximo amor consiste em querer para o outro o Bem absoluto, Deus. Cristo nos amou, porque quis nos dar Deus, e dando-nos Deus, dar-nos a Vida, pois Deus é a Vida.
Note-se, ainda, como Cristo afirma ser a sua morte inteiramente voluntária: ninguém poderia tirar-lhe a vida. Ele a dá, porque quer dá-la. E anuncia a sua ressurreição, ao dizer que reassumirá a vida, quando Ele quiser, mostrando a sua onipotência.
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